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Chamada de enfermeira hospitalar e chamada de auxílio sénior: as diferenças

Chamada de enfermeira hospitalar e chamada de auxílio sénior: as diferenças. Aparentemente parece não haver diferenças. Mas existem, são importantes e diferenciadoras.

Ao longo dos anos, assistimos à instalação de sistemas de chamada de enfermeira hospitalar em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosos (ERPI). Verificamos que na maioria dos casos estes sistemas não se enquadram no ambiente. Para além da sua complexidade, são extremamente dispendiosos. Além disso, não vão ao encontro das reais necessidades deste tipo de equipamento social.

Uma ERPI não é um hospital. Logo, as suas necessidades estruturais são inteiramente diferentes. Bem como, a própria dinâmica de trabalho dos prestadores de cuidados.

Ora, uma ERPI é uma resposta social desenvolvida para o alojamento colectivo, de utilização permanente ou temporária. Destinado a pessoas idosas em situação de maior risco de perda de independência e/ou de autonomia.

Já um hospital é um estabelecimento de saúde, com serviços diferenciados, dotado de capacidade de internamento, de ambulatório (consulta e urgência). E, de meios de diagnóstico e terapêutica, cujo objetivo é prestar à população assistência médica curativa e de reabilitação, competindo-lhe também colaborar na prevenção da doença, no ensino e na investigação científica.

Então, qual a razão pelo qual uma ERPI é equipada com sistemas de chamada de enfermeira hospitalar? Na verdade, os fabricantes de equipamentos de chamada de enfermeira hospitalar não desenvolveram produtos específicos para as ERPI. No entanto, conseguiram persuadir os projectistas e instaladores elétricos que os seus produtos seriam apropriados ao ambiente sénior. Ora vejamos:

– Bezouros nos corredores são elementos perturbadores do sono e do descanso de uma pessoa idosa;

– Quadros de alvos instalados em enfermarias não funcionam nas ERPI. Devido ao número reduzido de prestadores de cuidados, estes raramente se encontram num gabinete (especialmente no período nocturno). O seu objectivo é estar em acompanhamento permanente aos utentes (rondas, posicionamentos, medicação, acompanhamento ao wc, etc.).

– Teclas para chamada do médico e sinalizador luminoso tricolor com essa função não são utilizadas, pois durante a noite por norma o médico não se encontra na ERPI;

– Intercomunicação com os quartos não é funcional, uma vez que os utentes devido à sua idade avançada e/ou por questões de saúde apresentam problemas de audição e/ou expressão;

– Pêras de chamada com botões de controlo de iluminação, tv e rádio, etc. Estes não são usados pelos utentes das ERPI;

– A estética das aparelhagens eléctricas (painéis de chamada, interruptores de cancelamento, sinalizadores luminosos das portas dos quartos, etc.) que são usadas pela chamada de enfermeira hospitalar, não se enquadram na arquitectura actualmente implementada nas ERPI. O conforto e a segurança são a principal preocupação dos responsáveis pelas ERPI. Deste modo, o utente deve sentir-se acolhido e envolvido num ambiente muito semelhante ao da sua própria casa.

Por conseguinte, o sistema de chamada de auxílio sénior não deverá ter sinais acústicos perturbadores.  Nem quadros de alvos que ninguém consegue ver. E muito menos com um aspecto hospitalar. Deverá sim, ser silencioso e eficaz na resposta aos pedidos. Apostamos em “quadros de alvos” que acompanham permanentemente os prestadores de cuidados. Estes poderão deslocar-se ao longo do edifício e estarem sempre disponíveis para responder aos pedidos de auxílio. Isto é, em qualquer zona do edifício são notificados nos telefones sem fios, smartphones ou tablets. O sistema deve fazer parte integrante do espaço e possuir um design discreto.

Inegavelmente, o futuro do sector social são as Residências Seniores Inteligentes. A tecnologia é disponibilizada de forma integrada. Isto é, o sistema de chamada de enfermeira, a rede informática e telefónica, o controlo de acessos e a videovigilância (CCTV) comunicam entre si. Os pedidos de auxílio e as rondas ficam registados informaticamente. Sendo integrado com outros sensores (para colchões, tapetes, cadeiras, etc.), que visam o apoio de pessoas, nomeadamente portadoras de qualquer tipo de demência.

Com efeito, um sistema de auxílio sénior é pensado tendo em conta as necessidades mais prementes dos profissionais e dos utentes. Colocando a tónica na segurança, quer do utente, quer do profissional. Do mesmo modo, responde de forma simples e intuitiva, auxiliando e agilizando o trabalho da equipa prestadora de cuidados. Assim como, permite a tranquilidade dos utentes.

Chamada de enfermeira hospitalar e chamada de auxílio sénior: as diferenças. Ao primeiro olhar não existem, mas estão bem visíveis para quem trabalha na área sénior.

Porque o grau de exigência é cada vez maior. Porque o futuro é hoje.

Nota: este texto não foi escrito ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico

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